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Mikaely Pedroso

Os alquimistas estão chegando: uma viagem esotérica pelos segredos de “A Tábua de Esmeralda"

"É verdade, sem mentira. Certo, muito verdadeiro" é a frase chamada de um dos maiores clássicos da música brasileira. Lançado em 1974 e considerado uma obra singular, A Tábua de Esmeralda, de Jorge Ben Jor, mistura música popular com profundas reflexões espirituais e esotéricas. 


Capa de "A Tábua de Esmeralda", álbum de Jorge Ben Jor.
Capa de "A Tábua de Esmeralda", álbum de Jorge Ben Jor.

Jorge Duílio Lima Meneses nasceu em 1942, no Rio de Janeiro, filho de pai descendente de austríacos e de mãe etíope. Na juventude, sempre se mostrou interessado e curioso pela música, uma influência de suas raízes árabes e africanas, herdadas de sua mãe. Contrário a sua curiosidade, inicialmente, sonhava em ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo, mas para a nossa sorte, a paixão pela música prevaleceu.


Foto de Jorge Ben Jor jovem com vioão na mão
Jorge Ben Jor

O início do seu sucesso ocorreu na década de 1960, marcado pela música Mas Que Nada, que logo se tornou um grande sucesso nacional. Em seguida, consolidou seu talento com outro hit, Chove Chuva. Com o passar dos anos, Jorge Ben lançou um grande acervo de álbuns explorados sob diferentes influências musicais, sendo aclamado com diversos prêmios ao longo da sua trajetória. Pelo conjunto da obra enquanto cantor, em 2005, recebeu um Grammy Latino e ganhou o Prêmio Shell de Música mais recentemente, há 2 anos atrás.


O caminho até a alquimia: a transformação e o conhecimento secreto


Muito distante de fazer apenas música, o carioca sempre teve interesse por um outro tipo de arte: a alquimia. A revista “Ele Ela”, em 1976, revelou que o avô de Jorge foi membro da Ordem Rosacruz – um grupo que há mais de um século se dedica a estudos místicos – e que foi nos livros deixados pelo seu avô que ele descobriu a alquimia. Além disso, assim como seu patriarca, Jorge participou de um grupo de estudos de adeptos da alquimia na década de 60, quando presenciou uma transmutação de metal em ouro.


“Eu trabalhei um pouquinho de despachante, e nesse ínterim todo, eu já estava na alquimia. Estudando. E tinha um grupo, um grupo de adeptos maravilhosos. Eram da América do Sul, e tinha um brasileiro, professor de São Paulo. Junto com um grupo de adeptos da alquimia, ele viu uma transmutação - de metal em ouro -, em 1958 eu conto isso numa música do disco Solta o pavão (de 1975, na faixa ‘Luz polarizada’)” - Jorge Ben Jor em entrevista a Revista Trip, 2009.

Diante dos textos de Tomás de Aquino, que leu em meados dos anos 50, no seminário São José, Jorge extraiu boa parte de suas influências e até chegou a aprender latim. Sempre houve boatos de que o santo, conhecido por inserir a filosofia aristotélica no catolicismo, também era alquimista, e tais rumores não demoraram a chegar aos ouvidos de Jorge. Na quinta faixa de A Tábua de Esmeralda, “Eu Vou Torcer”, Jorge o menciona em uma discussão paralela ao tema central do álbum, “Pelo Santo Tomás de Aquino / Pelo meu irmão…”, assim como em “Assim Falou Santo Tomaz de Aquino”, do álbum Solta o Pavão (1975), é citada a 13ª questão da Suma, sobre a semelhança entre deuses e os seres da terra.


“Ele tem uns textos lindos, a Suma teológica... Saber que um santo como ele era um alquimista famoso... É demais, pra você ver, São Tomás de Aquino escreveu uma coisa simples, bonita e poderosa, ele diz que a primeira lei natural é a conservação da vida – todo mundo quer conservar a vida –, depois a geração, que é ter filhos e educar os filhos, e depois o desejo de verdade.” - Revista Trip, 2009.

Gilberto Gil e Jorge Ben rindo juntos
Gilberto Gil e Jorge Ben

Próximo do natal de 1973, durante um almoço com Gilberto Gil nas ruas parisienses, Jorge avistou Nicolas Flamel, alquimista francês que viveu no século XV e quem o cantor chama de “o namorado da viúva” na décima faixa do álbum, de mesmo nome. Na ocasião, Jorge quis mostrar a Gil um lugar onde, segundo boatos, um grupo de alquimistas se encontrava secretamente, nos fundos de um restaurante chamado “Auberge Nicolas Flamel”. Em dado momento, sozinhos em uma sala distante do salão, ambos foram surpreendidos pela mesma visão, e Jorge relatou à Revisa Trip: “Levei o Gilberto Gil na casa do Nicolas Flamel. E, por incrível que pareça, o Gil viu uma coisa lá que eu vi, só nós dois vimos. Foi incrível. Não vou contar o que foi, mas nós vimos alguma coisa, mas bonita, não feia. Uma coisa bonita.”


Seis meses após essa visão de algo belo (e misterioso até então), Jorge Ben Jor lançou, em maio de 1974, o ilustre álbum que transmuta a música brasileira em uma alquimia ilustre, A Tábua De Esmeralda, trazendo consigo personagens como o alquimista Flamel e o médico Paracelso, representado como “o homem da gravata florida”.


"A Tábua de Esmeralda": um manifesto esotérico


Em um período de censura e repressão política, a obra opta por fugir de críticas explícitas ao regime e utiliza, ao invés disso, uma abordagem repleta de misticismo e metáforas. O título do álbum faz alusão a um tratado hermético homônimo de mesmo nome, escrito pelo faraó egípcio, Hermes Trismegisto, e considerado um dos principais fundamentos dos pensamentos alquímicos e espirituais. Nele, é abordada a unidade entre o microcosmo (homem) e o macrocosmo (universo), além do princípio de transformação e evolução humana.


“Na época de 70 ninguém sabia o que era ‘alquimista’. No Aurélio não tinha ‘alquimista’. Então eu estava lançando um disco totalmente hermético, com letras diferentes, harmonia diferente.”, conta Jorge.


A filosofia mística se torna o centro do álbum ao trazer referências alquimistas e conceitos herméticos que os ouvintes do cantor não conheciam. Na década de 70, o misticismo nascia aos poucos na música popular com a força de nomes como Raul Seixas e sua Sociedade Alternativa, Tim Maia e a Cultura Racional e Jorge Ben, investindo em uma alquimia musical, no sentido mais literal que a palavra “alquimia” poderia ter. Assim, esses artistas tiveram contato com uma nova “filosofia de vida”, sempre presente em suas obras.


Com 40 minutos de duração, A Tábua de Esmeralda se divide em 12 músicas que convidam os ouvintes a mergulharem em conceitos herméticos antigos, mas que são reconstruídos à brasileira por Jorge Ben Jor, ao agregar elementos do misticismo afro-brasileiro no conjunto. Acumulando mais de 1 milhão de cópias vendidas desde seu lançamento, ao utilizar a alquimia como tema central da obra, são reveladas reflexões sobre uma grande busca pela transformação, tanto pessoal quanto coletiva, em um momento que o país vivia contradições sociais e políticas ainda maiores. Dessa forma, o disco se apresenta quase como um tratado em forma de música, traçando congruências entre a arte e a filosofia ao mesmo tempo. 


O esoterismo e as tradições ocultas: os alquimistas chegaram


Os alquimistas estão chegando é a primeira faixa do álbum. Embora a procedência da alquimia seja desconhecida, acredita-se que já era praticada no século I a.C. Durante a Idade Média, muitos grupos alquímicos foram perseguidos e condenados à fogueira por serem considerados bruxos e feiticeiros. Por isso, muitos alquimistas tiveram que se disfarçar por anos e utilizar códigos para escrever sobre suas pesquisas, que Jorge evidencia no trecho “eles são discretos e silenciosos / moram bem longe dos homens”


O trabalho realizado pelos alquimistas tinha uma forte conexão com os astros e era preciso esperar o dia em que determinado planeta ou estrela estivesse em harmonia para realizar qualquer processo, como descreve a linha “escolhem com carinho a hora e o tempo / do seu precioso trabalho”. Além disso, era preciso conhecer muito bem as leis cósmicas para assim lidar com os materiais utilizados e conseguir realizar a transmutação. A base de todo esse pensamento nasce da filosofia hermética, e os alquimistas, segundo a letra, “executam segundo as regras herméticas” os processos químicos que vão “desde a trituração, a fixação / a destilação e a coagulação”


Tábua de esmeralda
Registro da tábua de esmeralda

Um dos principais objetivos da alquimia ocidental era a busca pela pedra filosofal, pois segundo lendas, essa pedra poderia ser utilizada não apenas para transmutar metais, mas também para oferecer o elixir da vida, uma substância com o poder de curar todas as doenças e da vida eterna. Ainda que existam diversos textos alquímicos repletos de simbolismos para destacar a relação entre entre o elixir da vida e a consciência humana, um dos principais mitos a respeito da pedra filosofal, na verdade, está ligado a Nicolas Flamel, antes citado por Ben Jor, quem teria encontrado a receita para a pedra em um livro místico antigo e que a partir de 1380, se dedicou à alquimia prática, quando conseguiu transmutar prata em ouro. De acordo com as histórias, o alquimista teria produzido o elixir da vida e conseguiu, assim, prolongar a sua vida e a da sua esposa por alguns séculos. Após sua morte, a única coisa que deixou para trás foi um testamento direcionado ao seu sobrinho, em que ele revelava, através de diversos códigos, os segredos alquímicos que descobriu em vida.


A Tábua de Esmeralda é um dos mais antigos documentos da alquimia e um dos mitos sobre ela sugere que sua forma original foi encontrada em uma caverna, escrita sob uma placa de esmeralda e segurada pelas mãos do cadáver daquele que seria Hermes Trismegisto. A décima primeira faixa chamada “Hermes Trismegisto e sua celeste tábua de esmeralda” contém os escritos da tábua, porém como apenas uma citação, pois, embora as palavras sejam as mesmas em ambos textos, a função do tratado é alterado quando se transforma em canção, deixando de ser um documento alquímico e ganhando uma nova função musical.


Logo, podemos notar que as referências à alquimia são abordadas e desenvolvidas ao longo do disco de Jorge Ben Jor, mas se fundem com as questões típicas do universo nacional. Na faixa Eu vou torcer, isso se torna evidente, seja nas alusões alquímicas, torcendo pela agricultura celeste e por São Tomás de Aquino, ou nas menções facilmente identificáveis pelo público, como as moças bonitas, o verde lindo desse mar, as coisas úteis que se pode comprar com dez cruzeiros, o "mengão" e o amigo que sofre do coração. 


A exaltação da negritude em "A Tábua de Esmeralda"


Embora o misticismo seja um dos temas com maior número de letras na obra, outra perspectiva presente no mesmo disco é a da negritude, disposta em músicas como: Menina Mulher da Pele Preta, Zumbi e Brother


Por mais que seja citada, tal negritude é atravessada por outras identidades e sua exaltação é feita por meio da valorização de raízes africanas e de figuras históricas e espirituais. Jorge Ben foi um dos principais nomes da MPB a discutir o lugar social do negro, já que desde o início de sua carreira afirmava: “Eu só canto o que componho, o que sinto, o que sonho. Minhas letras têm toda a nostalgia do sangue negro, porque essa é a minha raça.”


Zumbi é a oitava faixa do disco, com letras que referenciam diretamente os povos africanos trazidos ao Brasil para o trabalho escravo. Em seguida, a música expõe a narrativa de um leilão em que se está à venda uma princesa e seus súditos, e o seu desfecho se dá com a chegada de Zumbi, que representa a imagem da libertação. 


No Lado “A” do disco, localizada na quarta faixa, está Menina Mulher da Pele Preta, que igualmente a faixa Zumbi, possui uma sequência de elementos contrastantes: de um lado, o açúcar (branco), de outro, o cafezal (negro); da mesma forma, a colheita do algodão branco versus as mãos negras que o colhem; a menina mulher da pele preta, seu sorriso branco e seus olhos azuis. 


A relação entre essas oposições chama a atenção, pois enquanto em Zumbi a polarização entre o branco e o negro é nítida, em Menina Mulher da Pele Preta, vemos despertar a malícia no sujeito da faixa, uma que não o deixa dormir sossegado, por pensar nela incessantemente. Ao colocar o negro e o branco em polos distintos, conforme representado na primeira música, evidencia-se a segregação racial, à medida que a segunda demonstra a representação da sexualização da mulher negra. Esse fato remonta ao período da escravidão, em que era incumbido à escrava satisfazer os desejos sexuais de seu senhor.


Simbologia alquímica e hermética: códigos e livros escondidos no álbum


jorge ben jor preto e branco
Jorge Ben Jor

Assim como os alquimistas medievais esconderam seus segredos, Jorge Ben guardou mistérios ocultos no interior das canções do disco ao transmutá-las em músicas comerciais, fazendo dele um verdadeiro alquimista do nosso tempo.


Um dos códigos que ele implementou no disco foi a etimologia da palavra alquimia. Segundo estudos, os egípcios se referiam a processos que utilizavam substâncias como khemeia, de onde vem a palavra “química”. Quando os árabes adotaram práticas semelhantes, esses processos foram nomeados de “al kimiya”, que significa “pedra filosofal”. Porém, isoladamente, a palavra kimiya tem sua raiz em uma língua falada pelos coptas e, em português, significa “negro”. 


Considerando que o disco foi lançado no auge do movimento pelos direitos civis de pessoas negras nos Estados Unidos, sugere-se que no centro do esoterismo de Jorge Ben Jor, a alquimia é abordada, antes de tudo, como um sistema de conhecimento filosófico negro. A admiração do cantor pela alquimia de Flamel demonstra que ele também é um amante do viés místico da arte, considerando outra vez sua visão em Paris, quando acompanhado de Gilberto Gil. Entretanto, a relação artística não o impediu de enxergar o lado científico da coisa, como vemos evidenciado em O Homem da Gravata Florida. 


A faixa é baseada em Philippus Von Hohenheim, médico suiço considerado um dos mais importantes alquimistas do século XV-XVI e conhecido como Paracelso, expressão em latim para “melhor do que Celso”, uma referência ao grande médico romano Aulo Cornélio Celso. Philippus era conhecido por usar uma echarpe colorida e, em O Homem da Gravata Florida, além de se referir a tal acessório excêntrico, a letra também remete à ideia da agricultura celeste e à necessidade de relacionar tudo que é plantado com sua interação cósmica. Em entrevista, Jorge Ben disse: “A história dele é maravilhosa. Tem até hoje a casa dele na Suíça alemã.. O pai dele era famoso, médico, aquele médico que mexe com as plantas. Ele herdou do pai todo o conhecimento dessa medicina, que se chama agricultura celeste.”


Nos versos “com aquela gravata / qualquer homem feio vira príncipe / simpático, simpático, simpático”, o cantor faz uma referência direta a Doutrina Simpática de Paracelso, que explica doenças e suas relações cósmicas diante de todos os seres. O melisma cantado por Ben na última palavra é uma contraposição hermética ao que se segue no terceiro verso, sendo um terreno celeste separado, mas virando uma coisa só: “Lá vem o home-e-e-em” “Meu deus do cé-é-u”


Já em Namorado da Viúva, Jorge traz à luz a história do já citado Nicolas Flamel e de sua esposa, uma mulher que casou-se outras duas vezes e perdeu ambos os maridos. 


“Nicolas Flamel, ele é que é meu muso. Ele e a mulher dele. Ele é o namorado da viúva. Ninguém queria ela – não, eles queriam, mas tinham medo, porque ela era rica e já era viúva três vezes. Flamel é do século 15. É o meu muso, namo-mo-mo-ra-rado da viúva” - Revista Trip, 2009.


Além de diversos códigos, metáforas alquímicas e referências ao Brasil, a obra também aborda livros em sua construção. Um dos principais deles é O Mistério das Catedrais de Fulcanelli, em que o autor afirma haver diversos segredos da alquimia guardados em velhos templos católicos da Europa. Outra obra que o cantor teria certamente lido certamente leu é Eram os Deuses Astronautas? do escritor suíço Erich Von Däniken. No livro, Däniken apresenta teses sobre extraterrestres terem circulado pelo nosso planeta antes das primeiras civilizações humanas, deixando como herança diversos artefatos e sinais.

 

Jorge Ben entra no assunto na faixa Errare Humanum Est, porém, ao pressupor que a tese abordada no livro seria incapaz de provar, de alguma maneira, devido ao “nosso impulso de sondar o espaço”. O nome da canção é trecho de um dos axiomas mais populares da história cristã, que diz que se errar é humano, seguir nele é diabólico (Errare humanum est. Perseverare autem diabolicum), escrito por Santo Agostinho.


Em Magnólia, por mais que aparente ser mais uma música no espectro da carreira de Ben Jor sobre mulheres, sua inspiração também veio de Erich von Däniken, por meio da lenda de uma deusa chamada Orjana, que nasceu em Tiahuanaco (Bolívia). Vinda das estrelas em uma espaçonave dourada, Orjana tinha a missão de se tornar mãe da terra: “ela já se encontra a caminho/voando numa nave maternal dourada / linda e veloz feita de um metal miraculoso”. Outro código da canção, desta vez, em seu nome, magnólia, a espécie de flor mais antiga conhecida na botânica. Além de apenas mais uma canção de amor de Jorge Ben, há a mensagem subliminar de que o mundo começou a partir do desembarque de Orjana, como a primeira flor.


Jorge Ben Jor tocando violão
Jorge Ben Jor

Falar de Jorge Ben (seja antes ou após incluir Jor em seu nome), é falar sobre um verdadeiro alquimista musical, devido às fusões abordadas em suas obras, entre estilos e misturas de ritmos essencialmente brasileiros. O álbum tema dessa matéria é considerado por muitos um portal para outra dimensão, inclusive, por mim, porém, por ser meu álbum favorito, muito além do místico, A Tábua de Esmeralda é uma experimentação, não daquilo que ainda virá, mas partindo das possibilidades do pensamento em torno da obra. 


A partir da análise e decodificação do álbum, é evidente que a construção musical de Jorge Ben Jor é formada por diversas identidades que se apresentam de forma contraditória e híbrida. Nela, o artista aborda temáticas distintas ao utilizar fragmentos de temas antigos, como as tradições alquímicas, e traz em suas letras referências ao negro, popular e mistico. Transformando seu álbum em uma mistura química de elementos eruditos e populares, a partir das diferentes identidades que Jorge Ben assume, é possível enxergar o que ele resgatou de um passado híbrido e transformou em um futuro decifrável.


Não se pode traçar uma confirmação concreta do objetivo por trás de A Tábua de Esmeralda, mas estudar sobre a possibilidade de alcançar esse entendimento, por si só, já é uma grande viagem pela linha do tempo, e questionar os códigos de suas letras ou onde Jorge Ben queria chegar é também uma forma de filosofia. Talvez assim possamos entender quais são essas coisas que fazem os milagres de uma coisa só.


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